sábado, 11 de abril de 2009

Engenheiro vê espaço para termelétricas na região

Por Denis Luciano
Foto: Nícola Martins

O potencial de exploração do carvão que os municípios da AMREC possuem permitiria a instalação de pelo menos mais duas usinas termelétricas na região. A informação é do presidente da Associação Brasileira de Carvão Mineral. Conforme o engenheiro Fernando Zancan, Içara e Lauro Müller contam com potencial suficiente para abrir tais investimentos. "O governo brasileiro precisa dar um sinal. Hoje, o carvão nacional fica de lado nos leilões de energia. O importado tem vantagem", observa.

Na atualidade, há duas usinas movidas a carvão para gerar energia sendo construídas no nordeste. Em Criciúma existe o projeto da Usitesc, desenvolvido a partir de estudos da SATC em parceria com as carboníferas Criciúma e Metropolitana. "A Usitesc será em breve uma realidade processando o carvão daqui para gerar energia", comenta Zancan.

A busca por novas jazidas é permanente. Segundo o engenheiro, a Petrobrás está desenvolvendo sondagens na costa de Santa Catarina. "Há muita chance de haver carvão no fundo do mar, aqui. Porém, extrair esse carvão é uma tecnologia muito avançada, mas viável para o futuro". Sobre as reservas subterrâneas no continente, Zancan é otimista ao prever o futuro. "Temos carvão para mais de cem anos, com certeza".

Estudiosos da energia apontam que o carvão mineral, por estar disponível em 75 países, não vazar e não conviver com disputas geopolíticas por sua posse, ao contrário do petróleo, vai se consolidar como a base fóssil do planeta. Estimativas indicam que há dez vezes mais carvão que petróleo e gás natural somados no subsolo da Terra, a serem explorados.

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