quinta-feira, 16 de abril de 2009

Centro de Criciúma vai virar residencial, aposta construtora

Por Denis Luciano

A área central de Criciúma vai concentrar, num médio prazo, os futuros empreendimentos das construtores da cidade. A previsão é do empresário Olvacir Bez Fontana. O presidente da Construtora Fontana compreende que o Centro tem espaço suficiente para, numa modernização da sua estrutura, abrigar vários prédios residenciais. "Já fizemos isto entregando um e levantando mais dois edifícios de moradia na região", comentou.

Para Fontana, a verticalização será decisiva para revitalizar o Centro. "Hoje ele não é ocupado. Quando o comércio está fechado, a área central é um deserto só. Colocar moradores nela vai valorizar, qualificar os serviços". O empresário entende que levantar prédios democratiza a moradia. "Afinal, uma casa no Centro é ocupada por apenas uma família. Já um prédio, terá dezenas delas", observou.

Ao mesmo tempo, Fontana acredita na expansão de iniciativas como condomínios fechados pela cidade. "Precisamos criar o padrão europeu, de bairros onde as pessoas encontram tudo, não precisam sair de lá para encontrar comércio, lazer e serviços básicos". Ex-secretário de Estado do Planejamento, o empresário dirige a construtora que tem 23 anos de mercado e emprega mil funcionários diretos. Lançou, em 2009, oito novos prédios em Criciúma, Içara e Laguna.

sábado, 11 de abril de 2009

Engenheiro vê espaço para termelétricas na região

Por Denis Luciano
Foto: Nícola Martins

O potencial de exploração do carvão que os municípios da AMREC possuem permitiria a instalação de pelo menos mais duas usinas termelétricas na região. A informação é do presidente da Associação Brasileira de Carvão Mineral. Conforme o engenheiro Fernando Zancan, Içara e Lauro Müller contam com potencial suficiente para abrir tais investimentos. "O governo brasileiro precisa dar um sinal. Hoje, o carvão nacional fica de lado nos leilões de energia. O importado tem vantagem", observa.

Na atualidade, há duas usinas movidas a carvão para gerar energia sendo construídas no nordeste. Em Criciúma existe o projeto da Usitesc, desenvolvido a partir de estudos da SATC em parceria com as carboníferas Criciúma e Metropolitana. "A Usitesc será em breve uma realidade processando o carvão daqui para gerar energia", comenta Zancan.

A busca por novas jazidas é permanente. Segundo o engenheiro, a Petrobrás está desenvolvendo sondagens na costa de Santa Catarina. "Há muita chance de haver carvão no fundo do mar, aqui. Porém, extrair esse carvão é uma tecnologia muito avançada, mas viável para o futuro". Sobre as reservas subterrâneas no continente, Zancan é otimista ao prever o futuro. "Temos carvão para mais de cem anos, com certeza".

Estudiosos da energia apontam que o carvão mineral, por estar disponível em 75 países, não vazar e não conviver com disputas geopolíticas por sua posse, ao contrário do petróleo, vai se consolidar como a base fóssil do planeta. Estimativas indicam que há dez vezes mais carvão que petróleo e gás natural somados no subsolo da Terra, a serem explorados.